terça-feira, 23 de abril de 2013

Mauricio conta como entitulou a MSP - Mauricio de Sosua Produções

Meu nome, minha marca  

   Divulgação 
Maurício de Sousa considera a empresa uma extensão de sua personalidade

O que acontece quando o nome do fundador se confunde com o do negócio? Em uma empresa como a Maurício de Sousa Produções, é difícil não associar figura do famoso quadrinista com o estúdio responsável pela publicação das histórias da Turma da Mônica. Criado em 1963, o projeto foi batizado inicialmente como Bidulândia Serviços de Imprensa – uma homenagem ao cãozinho azul de suas tirinhas. “Achei que o nome poderia não ser levado a sério pelo mercado. Eu já era conhecido pelos meus desenhos. Depois disso, o negócio terminou grudando no artista”, diz Sousa. 

Segundo o desenhista, colocar o seu nome no negócio ajudou a transformar o estúdio em um prolongamento da sua personalidade. Dessa forma, ele tenta transmitir os valores que norteiam a criação das histórias para todas as áreas do escritório. A aproximação entre vida pessoal e profissional tornou-se tão estreita que o próprio autor foi transformado em um personagem de quadrinhos pela sua equipe “A primeira vez que vi, levei um susto. O jeito do Maurício dos gibis é exatamente igual ao meu.” 

Cuidado com a imagemEm alguns casos, emprestar o nome à marca pode demandar alguns cuidados. É o caso da dermatologista Ligia Kogos. Dona de uma famosa clínica de beleza que leva o seu nome, em São Paulo, ela também administra uma linha de cosméticos sob a mesma marca. Dos hidratantes aos protetores labiais, todos os produtos passam por sua aprovação. Conhecida pela preocupação com a imagem de sua equipe, Ligia insiste para que todas as suas funcionárias evitem fumar ou beber em excesso – hábitos prejudiciais à pele. Segundo a empresária, esse tipo de alinhamento é fundamental para o sucesso de uma marca pessoal. “O nome de um empresário é o seu maior patrimônio. Nunca contrataria alguém sem interesse em estética. É preciso alguém que se sinta compelida a testar todos os recursos e produtos que oferecemos.” 

Afastamento saudável
Embora a imagem do fundador esteja fortemente ligada a marcas pessoais, nem sempre a empresa é a expressão literal do empreendedor. O estilista João Pimenta, por exemplo, afirma não ser um típico fashionista. Proprietário de uma grife que produz roupas masculinas sob medida, em São Paulo, ele afirma ter um guarda-roupa com peças de estilo mais simples e casual. Mesmo com a separação não sendo total – como demonstrou no último desfile de verão do Fashion Week, inspirado em suas tradições mineiras - Pimenta afirma que o mínimo de afastamento com a imagem corporativa traz algumas vantagens. “Isso ajuda o público a separar as coisas. As pessoas associam menos o que faço na minha vida com a proposta do negócio.” 

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